ANÁLISE LITERÁRIA - Contos
. Tem 224 páginas e custa 13,50 euros.
Rosa Lobato de Faria é uma exímia contadora de histórias. "Os Linhos da Avó" é disso exemplo. As palavras parecem brotar de uma fecundidade intensa mas transpirando casualidade. Logo se revelam aos sentidos, com elegância, sabiamente temperadas, de toque aveludado, perfume fresco e parecendo sussurrar intimidades roubadas à realidade.
O nome escolhido para intitular a obra - "Os Linhos da Avó" - de modo algum deixa adivinhar a riqueza, diversidade e deleite dos universos que percorrem o livro. São vinte e uma histórias que relatam/retratam o amor, a paixão, o desejo, o ciúme, a traição, o sobrenatural, a dedicação, a despedida, o segredo, a ambição, a solidão, a imaginação, a perda, o sonho, a desilusão, a dor... mas, mormente, a morte.
A morte é, sem dúvida, uma temática recorrente nesta obra. Ela fixa morada na grande maioria dos contos. Porém, não está ancorada em solo demasiado nostálgico; é apenas ponto de partida ou ponto de chegada (sobretudo) para ficções arrancadas "à realidade mais profunda da vida" - como se pode ler na contracapa do livro.
"Os Linhos da Avó" vinca também uma perspectiva feminina. As histórias falam quase sempre de mulheres, da sua essência, das suas fraquezas.
Rosa Lobato de Faria repete, nesta obra, o conto "Criada para Todo o Serviço" - já publicado em "Crimes de Mulheres" (colectânea de textos com assinatura de escritoras originárias do Chile, Portugal, México, Argentina, Uruguai e Peru) - onde dá a conhecer uma mulher fatalmente coerente com a sua natureza.
A capa do livro, da autoria de Afonso de Sousa, evoca, discretamente, algum do ambiente recrutado pelas palavras de Rosa Lobato de Faria. Embora com lugar à subjectividade, talvez uma referência ao Verão e Outono da vida, talvez uma alusão ao fruto alvo da tentação, com sua volúpia, plenitude e decorrentes tragédias.
"Os Linhos da Avô" integra a colecção Finisterra - Autores Contemporâneos de Língua Portuguesa, publicada pelas Edições ASA
. Tem 224 páginas e custa 13,50 euros.
Rosa Lobato de Faria é uma exímia contadora de histórias. "Os Linhos da Avó" é disso exemplo. As palavras parecem brotar de uma fecundidade intensa mas transpirando casualidade. Logo se revelam aos sentidos, com elegância, sabiamente temperadas, de toque aveludado, perfume fresco e parecendo sussurrar intimidades roubadas à realidade.
O nome escolhido para intitular a obra - "Os Linhos da Avó" - de modo algum deixa adivinhar a riqueza, diversidade e deleite dos universos que percorrem o livro. São vinte e uma histórias que relatam/retratam o amor, a paixão, o desejo, o ciúme, a traição, o sobrenatural, a dedicação, a despedida, o segredo, a ambição, a solidão, a imaginação, a perda, o sonho, a desilusão, a dor... mas, mormente, a morte.
A morte é, sem dúvida, uma temática recorrente nesta obra. Ela fixa morada na grande maioria dos contos. Porém, não está ancorada em solo demasiado nostálgico; é apenas ponto de partida ou ponto de chegada (sobretudo) para ficções arrancadas "à realidade mais profunda da vida" - como se pode ler na contracapa do livro.
"Os Linhos da Avó" vinca também uma perspectiva feminina. As histórias falam quase sempre de mulheres, da sua essência, das suas fraquezas.
Rosa Lobato de Faria repete, nesta obra, o conto "Criada para Todo o Serviço" - já publicado em "Crimes de Mulheres" (colectânea de textos com assinatura de escritoras originárias do Chile, Portugal, México, Argentina, Uruguai e Peru) - onde dá a conhecer uma mulher fatalmente coerente com a sua natureza.
A capa do livro, da autoria de Afonso de Sousa, evoca, discretamente, algum do ambiente recrutado pelas palavras de Rosa Lobato de Faria. Embora com lugar à subjectividade, talvez uma referência ao Verão e Outono da vida, talvez uma alusão ao fruto alvo da tentação, com sua volúpia, plenitude e decorrentes tragédias.
"Os Linhos da Avô" integra a colecção Finisterra - Autores Contemporâneos de Língua Portuguesa, publicada pelas Edições ASA
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